domingo, 2 de maio de 2021

1º Festival de Inverno da Bahia - 1984 - Exclusividade TDM

 


Faixas:

01 - Jatobá - Material humano

02 - Milton Edilberto e Vânia - Cantiga de arruda

03 - Lindberg Benício - Saída No 1

04 - Eduardo Boaventura - Negra menina África 

05 - Carlos R. Santos e grupo - Vem liberdade

06 - Nilson Chaves - Bela pessoa

07 - Maria Clara - Partilha

08 - Gutemberg Vieira - Floral da aurora

09- João Leite Barros - Vôa, sentimento vôa

10 - Genésio Sampaio - Canto de arribação



O Festival de Inverno da Bahia de hoje, que faz parte do calendário de eventos culturais e artísticos de Vitória da Conquista, tem seu embrião nos Festivais de Inverno da Bahia (FIB) da década de 80, coordenado por Mássimo Ricardo Benedictis, revelando muitos talentos que fizeram sucesso em todo o Estado e até no Vale do Jequitinhonha (norte de Minas Gerais). Nomes que também participaram, já nos anos 90, em outros festivais, como o “Troféu Conquistense de Música” e o “Canta Bahia”.

Criado e organizado por Ricardo Benedictis, depois chancelado pelo COREC – Conselho Regional de Cultura – do Sudoeste da Bahia, o FIB marcou história em Conquista ao revelar músicos e músicas que até hoje fazem sucesso, a exemplo de “Coliseus” (de Rosemberg Oliveira) e “África” (de Eduardo Boaventura). Em 1984 o primeiro vencedor do FIB foi Jatobá, de Campo Formoso (BA). No ano seguinte (1985) sagraram-se vencedores Rosemberg Oliveira (de Itororó – BA) e Anselmo Siqueira (de Conquista) e em 1986 os grandes vencedores foram Walter Ribeiro e Cássia (de Salvador). Benedictis promoveu esses primeiros festivais. Depois houve uma parada e o FIB só voltou a acontecer em 1993. A partir desse ano o COREC passou a ser o seu promotor.

Até a sua 3ª edição concentrava suas ações somente em música e artes plásticas. A partir de 1993, com o apoio da Prefeitura Municipal, da Fundação Cultural da Bahia e da Bahiatursa, tornou-se possível a realização do IV ao X Festival de Inverno com a inclusão de outras linguagens artísticas, a exemplo do teatro, da dança, da literatura, do vídeo, do folclore e do xadrez.

No IV FIB aconteceu a 1ª Bienal de Artes Plásticas. Tem sua memória preservada através da gravação de um LP contendo as músicas vencedoras e a publicação de um livro – coletânea de Contos, Crônicas e Poesias. A grande vencedora na música foi a conquistense Andréa Cleone.

Em 1994 o V FIB recebeu mudanças e foi realizado entre 11 e 28 de agosto. Paralelamente aos espetáculos, as atividades foram ampliadas, com a promoção de provas esportivas, a exemplo do ciclismo, natação, karatê e uma meia maratona. O II Salão Nacional de Artes Plásticas homenageou o escultor Cajaíba, patrocinado pela Fundação Cultural do Estado da Bahia; destaque também para uma oficina de dança e mostras de vídeo com a bailarina Fátima Suarez. Na música, o vencedor foi Dinho Oliveira (natural de Poções – BA). O VI, VII e VIII FIB tiveram formatações semelhantes aos anteriores, mas, em 1998, o IX FIB não aconteceu como os demais, pela falta de recursos para premiação. Inclusive, todos os 32 participantes foram declarados vencedores.

Os espetáculos do FIB aconteciam no Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima. Em 1999, por tratar-se de um ano de crise, a coordenação do X FIB resolveu fazer um salão de artes plásticas, substituindo a bienal que deveria ser realizada, e foi incorporado ao evento um show com o cantor Luiz Melodia. Todos os Festivais foram gravados em vinil e CD, com mais de 100 artistas revelados. Também foram editados oito livros representando a sua memória.




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